segunda-feira, 30 de junho de 2008

COMUNIDADE SOLIDÁRIA

Presidente Venceslau sempre foi uma cidade comunitária. Ao longo dos anos a nossa população deu inequívocas manifestações de união. O nosso povo nunca regateou apoio às iniciativas que visam o bem comum. Todos unidos em torno de um objetivo que vise dar bem estar aos cidadãos. Não importa a classe ou credo. Se é pobre ou rico. Interessa a união em favor de todos.
Uma vocação que desde os primeiros colonizadores ficou impregnada no seio comunitário como uma marca indestrutível. O venceslauense é amigo, gosta de mostrar que vive o dia a dia da cidade e que pode dar sempre um pouco de si. Desde que a causa seja nobre e reverta em favor de quem necessita.
Há pouco tempo, assistimos a uma demonstração do valor comunitário da gente venceslauense na reforma da Igreja de Santo Antonio de Lisboa. Sob o comando do padre Jaylton, a comunidade católica se dedicou e graças ao trabalho dos denodados fiéis a igreja foi reformada e restaurada. Aquele templo tem uma singularidade dos tempos modernos, o que foi reafirmado no seu atual aspecto. Foi ressaltado com a remodelação da iluminação do Cruzeiro. Durante as noites é possível ver a beleza da Cruz, que parece suspensa no ar, reforçando a fé e a religiosidade em quem a contempla.
O espírito comunitário está presente em vários outros templos católicos e evangélicos construídos pela cidade em diferentes pontos. Sempre com a união do povo. Demonstrações de fé e crença no Senhor pelo povo de Deus. Doações em dinheiro, em espécie, em trabalho são os meios de demonstrar a busca do objetivo a ser alcançado por todos que compõem uma comunidade solidária.
Neste final de semana estamos orgulhosos por mais duas grandes obras feitas com a união do nosso povo. Na sexta-feira foi reinaugurada a Igreja Nossa Senhora de Fátima. A mais antiga da cidade. O marco do catolicismo com sua grande torre encimada pela Cruz de Cristo. O Padre Wilson, com o seu carisma e força religiosa, liderou o grande movimento da restauração. Seguido por milhares de fiéis, entrega ao povo de Deus a Sua casa em perfeitas condições de acolher os que buscam em Deus a verdadeira salvação.
Um sopro divino que traz uma brisa suave sobre nosso rosto para relembrar grandes católicos que por ali oraram e rezaram acreditando na Ressurreição. João Ribeiro no início e Manoel Rainho recentemente foram dois expoentes desta fé. Formaram ao lado de bispos, padres e madres e o povo um batalhão de fiéis que acreditam na verdade de Cristo.
Outra grande obra está sendo inaugurada hoje, Se a restauração das Igrejas proporcionará cura das almas, a Ala Pediátrica da Santa Casa abrigará às crianças, fazendo coro às palavras do Divino Mestre: “deixai vir a mim as criancinhas”. A população, o espírito solidário do venceslauense, está ali em cada saco de cimento, barra de ferro, tijolo e mão de obra empregados na sua construção. Estamos todos de parabéns, independente de credos religiosos, cor partidária ou qualquer outro motivo. Presidente Venceslau reafirma a sua unidade, que deve ser mantida por aqueles que verdadeiramente amam a este querido torrão Natal.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

sábado, 21 de junho de 2008

CAIUÁ E OS PREFEITOS

Longe de interesses políticos partidários, este artigo procura estabelecer relações do presente com o passado, relacionados à política de Caiuá. Pelo exercício da profissão, tivemos contatos com todos os prefeitos do município. A exceção é o atual mandato iniciado com a eleição de Paulinho Boi. O mais tumultuado de todos. Um troca- troca no poder que leva ao poder público uma transição praticamente inédita.
Foram vários os ocupantes do Paço Municipal, desde quando Paulinho foi tirado do poder, sucedido pelo seu vice, retornando, sendo novamente desalojado cedendo o posto ao vice e este por ultimo ao Presidente da Câmara Municipal. Uma sucessão de trocas e mudanças no rumo da administração que confunde a qualquer cidadão. Não nos cabe o mérito de analisar quem está com a razão. Problema dos vereadores, com soluções da Justiça.
O certo é que Paulinho Boi voltou ao poder. Neto de José Pinto Lima, o primeiro prefeito de Caiuá, e uma das figuras mais folclóricas da política regional. Jeitão despachado, caboclão nordestino, arrulhento, barulhento, “Zé Pinto” marcou o início da história do município vizinho, com atos e atitudes que enriqueceram o folclore político regional. Muito ativo, conversador, risonho, alegre, extrovertido, onde ia já logo puxava uma conversa e reunia ao seu redor muitas pessoas. Não tinha tristeza. Dono da Fazenda Jaguatirica, era o típico fazendeiro, dono de muito gado.
Foi o primeiro prefeito de Caiuá. Honesto, gastou boa parte do que tinha com os pobres do município. Certa vez, embarcou um “bode” que viajava nos trens da Sorocabana e que fazia a linha entre Prudente a Epitácio a procura de cabritas. Zé Pinto dizia que as “de Caiuá ele não vai enxertar” e embarcou o bode para Venceslau. No outro dia, lá estava o bode em Caiuá, com as risadas de todos, inclusive do prefeito Zé Pinto. Era um daqueles tipos que nunca nos esquecemos, passe o tempo que passar.
Na sucessão política veio o pai do Paulinho. Francisco Franciné de Souza. Outra figura folclórica da política caiuaense e regional. Tinha medo de microfone. Gostava de falar, mas em rodinhas de correligionários e colegas prefeitos e vereadores. Nunca dava entrevistas e não escondia de ninguém sobre seu medo de microfone.
Um político humilde, amigo dos pobres, amante de sua terra como ninguém que, entre um mandato e outro era funcionário da Caixa Econômica Federal, com o cargo de gerente, ocupado nas cidades da região. Sua esposa, mãe de Paulinho, a Joana Pinto, professora, fez um trabalho devotado ao Centro Comunitário construído pelo Gigio Castelano, quando foi secretário da promoção social do estado de São Paulo.
Esta a família do Paulinho, que conheci desde pequeno. Mais velho soube do seu apelido de “Paulinho Boi”. Talvez por gostar de “picaretear” gado.
Ontem o Paulinho voltou ao poder em Caiuá. Lembrou do seu pai. Da sua família e do sofrimento que teve no tempo que esteve afastado. Disse que nunca mais voltará a disputar cargos públicos. Quer paz, para si e para o seu município. Contou com o apoio do então prefeito Magnelson, que abriu as portas da Prefeitura para sua reentrada. Uma atitude elogiosa e digna, se lembrarmos que das outras posses foi necessário a polícia agir.
Vamos esperar que o Paulinho conclua o seu mandato e que possa provar à frente do executivo do município que foi governado pelo seu avô e pelo seu pai, que herdou deles a vontade e o amor por Caiuá.
Que o próximo prefeito de Caiuá possa governar em paz e sem os percalços de agora, pois no final, quem mais sofre é o povo.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

segunda-feira, 16 de junho de 2008

CONVENÇÕES MUNICIPAIS

As convenções partidárias são o assunto político dos últimos dias.
O próximo domingo será decisivo para determinar o quadro político para as eleições de outubro. O PT, que ocupa a prefeitura municipal, é o centro das atenções pelo posicionamento de dois dos seus principais líderes. Do resultado de sua convenção, depende o destino de partidos que firmaram compromisso de coligação com o partido governista.
O PT realizou prévia em que o vencedor foi o ex-prefeito Osvaldo Mello. Derrotou Denise Erbela. O prefeito Malacrida, candidato declarado à reeleição não participou. Fez denúncias pela imprensa de que a eleição do Diretório Municipal realizada anteriormente não foi legal. Teria ocorrido o transporte de convencionais, que não é permitido, além de outras ocorrências. Não colocou seu nome na disputa e prometeu que apelaria do resultado apurado às instâncias superiores do partido.
Não se sabe se obteve sucesso em sua empreitada. Nenhuma nota foi comunicada à imprensa pela direção estadual de alguma alteração do resultado da convenção que elegeu o diretório e nem sobre as prévias que escolheu o pré-candidato. Melo declarou que tudo foi registrado no TRE, e que é legal.
O que ocorreu foi que Malacrida reuniu a imprensa na sexta-feira para anunciar que vai disputar a convenção partidária. Um fato político importante, pela relevância do cargo que ocupa e também em função de que vai enfrentar pela primeira vez aquele que, segundo ele próprio declarou, é o adversário de sua administração.
Malacrida não tem poupado críticas a Osvaldo Melo, tornando pública a cisão partidária. Fez alusão a dificuldades que o ex-prefeito tem provocado para a sua administração, ao afirmar que existiria “um filtro” no gabinete do presidente da Câmara Federal, Arlindo Chinaglia, do qual o ex-prefeito é assessor, para que o governo municipal não recebesse verbas do governo federal. Uma acusação gravíssima. Malacrida tem sido tratado a pão e água pelo governo federal. Pouquíssimas verbas chegaram de Brasília para o município.
Municípios da região que têm prefeitos da oposição têm sido contemplados com verbas generosas pelo governo federal. Isto tem causado constrangimento ao prefeito junto à população. Agora, Malacrida tenta dar o troco. Mesmo que seja derrotado, o que parece favas contadas pelos partidários de Melo, está provocando uma fissura na unidade partidária. Malacrida não esconde de ninguém que vai até às ultimas conseqüências apelando para a justiça para tentar ser candidato.
Este quadro mostra a importância das convenções que serão realizadas daqui a uma semana. Muita água deverá passar por baixo da ponte até lá. O prefeito Malacrida está fazendo de tudo para virar o jogo. Alguns partidos, que antes faziam oposição ao PT no quadro municipal, com membros integrantes da “ala conservadora” da política venceslauense que sempre é criticada pelo ex-prefeito Osvaldo Melo, farão suas convenções no mesmo dia. Em reuniões pré-agendadas firmaram acordo com o atual diretório do PT. Há rumores de descontentamento entre convencionais integrantes destes partidos, demonstrando a ambigüidade da política.
São fatos repetidos de eleições passadas e que demonstram a dificuldade que terá o eleitor em escolher em quem pode confiar. Clóvis Moré – Jornalista Profissional

Presidente Venceslau perde dois pioneiros

A comunidade venceslauense perdeu neste final de semana dois dos seus pioneiros. Ítalo Lau Pinto, 91 anos, e Abib Salomão, 87 anos. Duas pessoas que no passado tiveram atuação destacada na vida venceslauense. Moradores antigos construíram suas famílias baseadas no amor e lealdade aos princípios sagrados da lei cristã. Dois exemplos de amor e dedicação às esposas e filhos. Ítalo Lau Pinto, aposentado na Polícia Militar, antiga Força Publica, é pai do Tenente-Cornel Otacílio Roberto Pinto e do ex-gerente do Banespa Carlos Roberto Pinto. Não é preciso dizer do civismo e princípios de cidadania que norteiam Otacílio e Carlos Roberto Pinto. Otacílio foi vereador e sempre defendeu com todo vigor o município. Teve oportunidade de ir para outras cidades, mas sempre permaneceu em Presidente Venceslau, obedecendo uma vontade férrea de servir ao município. Destacado comandante da Polícia Militar, aposentado, desenvolve atividades na área rural. O seu irmão Carlos Roberto Pinto na área civil teve o mesmo comportamento. Como gerente poderia aceitar cargos em outra cidade. Preferiu sempre ficar em Presidente Venceslau, demonstrando seu acendrado amor a esta terra. E a tia Lucinda, esposa do querido Tio Ítalo. Sempre ao seu lado. Com amor e carinho. Extrema dedicação até o ultimo dia.
Da família do seu Abib, conhecemos todos os seus filhos. Venceslauenses da gema. O sr. Abib aqui se radicou e dedicou toda sua vida à atividade rural. Fazendeiro conhecido teve uma excelente criação de gado nelore mocho. Um exemplo de pai e cidadão, zeloso dos seus deveres e compromissos. Duas grandes perdas para a nossa comunidade. Mas a vida é assim. Nascemos e morremos. Levamos junto conosco o que fizemos nesta vida terrena. Que descansem em paz estes nossos queridos venceslauenses.
Clóvis Moré – Jornalista profissional

terça-feira, 10 de junho de 2008

SUCESSÃO MUNICIPAL

O mês de junho é decisivo para definir os candidatos que disputarão as eleições municipais. Até o dia 30 deste mês os partidos políticos deverão realizar suas convenções indicando os nomes que disputarão o pleito. Para prefeito, vice e vereadores.
Diante do calendário eleitoral em vigor, estão sendo mantidos entendimentos entre os diferentes partidos, visando composições para formar coligações. Estarão juntas as agremiações partidárias que defendem uma ideologia ou uma bandeira administrativa. De ideologia é muito difícil falar. As decepções neste campo foram tantas nos últimos anos que o assunto é na verdade uma utopia. Hoje esquerda e direita se confundem num processo em que os interesses pessoais são superiores aos pensamentos ideológicos.
O PT venceslauense, que está no poder, apresenta uma situação ambígua. De um lado o atual prefeito Ângelo Malacrida, candidato em potencial, que questiona a legalidade do diretório. Não aceita as regras impostas pelo ex-prefeito Osvaldo Melo, consequentemente nem mesmo a eleição do atual diretório. Malacrida fala abertamente que poderão surgir novidades em relação a este assunto.
De outro lado, Osvaldo Melo quer ser candidato e não esconde de ninguém o seu desejo. Ignora as alegações de Malacrida. Para alguns dos seus correligionários, nem mesmo os problemas que tem com a justiça, impedirão a sua candidatura.
Quem discute sobre política não pode deixar de fazer suposições sobre a situação do PT e das eleições municipais. O prefeito Malacrida, que nos últimos meses deixou de ter uma oposição tão ferrenha na Câmara Municipal, conquistando o apoio do PPS, aponta que não vai desistir de disputar a reeleição. Conta com o apoio do diretório do PPS, se for ele o candidato.
Osvaldo Melo vem mantendo constantes reuniões com o PV, PTB, PP e outras siglas, para efetuar coligações. Estes partidos, de olho no patrimônio eleitoral de Melo, pretendem a vice-prefeitura. Não querem perder a oportunidade, que pode surgir, numa eventual impugnação do candidato do PT.
Poder-se-ia usar o termo “oportunistas de plantão” plagiando o ex-prefeito quando se referiu em recente resposta dada ao vereador João Cola, que o denunciou ao Ministério Publico por irregularidades nas contas de 2.003.
Sabe-se que, em uma destas reuniões, Melo teria sido questionado se, caso fosse impugnado, cederia a “cabeça de chapa” ao vice escolhido. Melo teria negado tal possibilidade, que foi uma ducha de água fria nas pretensões dos possíveis aliados.
Todas estas demarches nas negociações têm retardado a definição do quadro eleitoral. É evidente que o PT, como ocupante do poder, tem papel preponderante nas definições. De seu posicionamento, dependem as estratégias do PMDB e PSDB, que acertaram coligação indicando seus pré-candidatos Erbane Erbela e João Monteiro para as disputas. Os dois partidos também têm conversado com as outras siglas, propondo coligações.
Os contatos têm sido feito à exaustão e isto faz parte do jogo democrático. A lei eleitoral indica prazos. É a prática da democracia.
Clóvis More - Jornalista Profissional

CAMPANHA ELEITORAL

Comentamos nesta semana que o mês de junho é decisivo para a formalização das alianças eleitorais e definição dos candidatos para as eleições municipais de outubro.
Ao lado deste aspecto legal, determinado pelo calendário do TSE, o eleitor deve ficar atento às formas de como estão sendo feitas estas coligações nos seus variados aspectos. Sabe-se que em política há um autêntico “vale tudo” para se obter apoios.
Nos conchavos das reuniões ditas para se estabelecer quem apóia quem, quem se coliga com quem, surgem os mais variados temas que vão dar origem no futuro a composições que, na verdade, não são favoráveis ao povo, mas sim a quem as celebra.
É o famoso “toma lá dá cá com a contemplação dos aliados com cargos e benesses”. Neste jogo preliminar que está sendo disputado agora são originados os “acordos” que vão determinar boa parte dos futuros governos municipais.
Estamos em plena época de que para ganhar uma eleição os escrúpulos e posições passadas devem ser esquecidos em nome de uma falsa unidade, que só tem valor para a distribuição e loteamento dos futuros governos municipais. Este pensamento vale para todos os municípios do Brasil.
Presidente Venceslau não é exceção. Não foge à regra. Os “oportunistas de plantão” estão rondando os candidatos que podem disputar os cargos majoritários e procurando se aproveitar de um “pseudo” prestígio eleitoral para “negociar” fatias do poder. São as velhas raposas rondando os galinheiros.
O povo deve ficar alerta a estes políticos, que sempre estão prontos para negociar um cargo para um parente, um emprego para ele próprio, tirando proveito da situação política.
Deve também ficar atento aos “cabeças de chapa” e analisar nas suas atitudes pré-eleitorais as tendências que apresentam na escolha dos seus auxiliares e ver se realmente são pessoas competentes para os cargos pretendidos.
O posicionamento político nesta fase pré-convencional, a escolha do quadro de auxiliares, tem ainda um terceiro componente que não pode ser desprezado. O plano de governo.
Consiste na apresentação pelo candidato de metas que devem ser estabelecidas, as formas e meios como serão alcançados. E, antes de tudo a seriedade, sobre a real possibilidade de se alcançar estes objetivos.
Significa que devemos analisar as “promessas” que são passíveis de serem cumpridas. Mentiras e promessas falsas foram feitas nas campanhas municipais passadas sem que nada fosse cumprido. O povo já foi enganado à exaustão e o resultado todos conhecem.
Tenho escrito muito sobre política eleitoral nos últimos meses. Voltei de um longo ostracismo. Vim para cobrar. Não importa quem seja o vencedor. Tenho minha preferência. É um direito de cidadão. Mas não ficarei calado e omisso, diante de ninguém. O próximo prefeito a ser eleito em 3 de outubro terá neste jornalista um “cobrador” intransigente de suas promessas e planos de governo que defender em sua campanha eleitoral. Seja quem for. Chega de “promessinhas”.
Clóvis Moré
jornalista profissional

segunda-feira, 2 de junho de 2008

BARULHO NO TRÂNSITO

Um tema que tem sido discutido pela população. A poluição sonora. Principalmente àquela provocada por motocicletas e automóveis. As motocicletas pelos escapamentos abertos. E também por uma prática para “encher o saco”. Desligar a ignição para ligar em seguida, provocando um ruído como um tiro de arma de fogo.
Os automóveis pela aparelhagem de som, que desloca os tímpanos e causa irritação. Alguns “pseudo-surdos” transformam seus veículos em verdadeiros “trios elétricos”. Quando passam deslocam vidros, alguns chegam a quebrar. Que prazer mais estranho e porque não dizer “desaforento”.
Os motoqueiros transitam pelas ruas da cidade, em excesso de velocidade e de som, irritando os transeuntes, numa autêntica provocação. Existem aparelhos que medem os decibéis e que demonstram quanto mal faz à saúde estes excessos.
Existe uma legislação do DETRAN, que determina os níveis de ruído e faz exigências quanto ao uso dos equipamentos. Acontece que, para burlar a legislação quando dos licenciamentos destas máquinas de barulho, os escapamentos abertos são substituídos pelos que têm abafador e a vistoria é feita normalmente.
Quando saem da vistoria os proprietários das motos vão a oficinas que visitaram antes e recolocam os canos abertos. E a polícia sabe desta prática. Que tal uma “blitz” nestas oficinas, com a finalidade de punir estes maus cidadãos que colaboram com a poluição.
Da mesma forma deveriam ser punidos os que colocam sons com potência superiores às estabelecidas pela legislação. Quando alguns forem punidos com repercussão na imprensa talvez aprendam a respeitar o sossego público e a privacidade das pessoas.
São comuns as reclamações de moradores em toda cidade de que não tem sossego para assistir televisão, ler um livro ou jornal, ou mesmo repousar em paz em seus lares.
Tanto a polícia civil como militar poderiam se unir para realizar junto com a imprensa campanhas de conscientização, prometendo rigor aos que não obedecerem às determinações contidas no Código de Trânsito.
O que não pode continuar são estes abusos de pessoas que parecem ter prazer em importunar a vida alheia, circulando fazendo barulho insuportável, na maioria das vezes quando estamos dormindo. Temos o direito de reclamar e exigir providências de nossas autoridades.

Clóvis Moré
Jornalista Profissional