sábado, 30 de agosto de 2008

ZENJI YOSHIHARA

É muito doloroso para nós escrever sobre a morte. A inevitabilidade de sua ocorrência é um fato. Nascemos para morrer. Como citou sabiamente em seu artigo domingueiro o Dr. Tácito. Desde a concepção começamos a morrer. Mas nunca é bom falar sobre o assunto.
Presidente Venceslau e a colônia japosena que comemora 100 anos de imigração para o Brasil perderam o grande Zenji Yoshihara. Aos 81 anos de idade, mas ainda com muito vigor, pois o vimos há dias atrás, sempre com aquele cumprimento respeitoso. Próprio das pessoas educadas e que têm formação familiar.
Veio para o Brasil e Presidente Venceslau aos 7 anos de idade. Aqui chegou menino, cresceu, prosperou, viveu e amou esta cidade como ninguém. Tem um passado irretocável de trabalho, pertinácia, simplicidade e cidadania. Era um autentico “japonês antigo” daqueles que elegem o trabalho e a família como seus objetivos principais.
“Seu Zenji”, como era chamado carinhosamente por todos, não sabia dizer não. Era sempre “shim,shim”, com leves acenos de cabeça. Destas pessoas que a gente não esquece.
Dentro da colônia venceslauense construiu um legado de labor e dedicação, talvez jamais visto dentro da AREA. Foi presidente da entidade por vários anos. Sempre à frente dos investimentos que transformaram a sede em um dos mais belos recantos da cidade. Para ele não havia obstáculos e sim etapas a serem vencidas.
Sob a sua batuta e seu incentivo Presidente Venceslau escreveu uma de suas mais belas historias esportivas. Feitos que devem ser relembrados com orgulho por aqueles que aqui moram. Fomos várias vezes campeões brasileiros de beisebol. Foram conquistas memoráveis como lembra o grande amigo Walter Camargo, que transmitiu vários jogos do Bom Retiro, em São Paulo.
Ao lado dos Okada, Matsura, Yokoyama, Horie, Oda Kitayama, Futigami, Hamada, Shintate e tanto outros liderou com vigor e simplicidade o trabalho de construção de um município.
Ao lado desta liderança natural foi um dos maiores produtores agrícolas de Pres. Venceslau. Algodão, amendoim, e o título de “o Rei de Melão do Brasil” mostram a grandeza do seu trabalho e a força de sua liderança. Por muitos anos foi o maior fornecedor de “milho verde” no Ceagesp em São Paulo.
E o mais impoprtante. Constituiu uma família em que a marca era a união. Com sua esposa, irmãos e filhos sempre foi um exemplo de trabalho familiar. Mesmo atingido por percalços financeiros tão comuns no Brasil, onde o produtor é sempre massacrado, não desistiu e foi buscar na longingua Amazônia com seus filhos o renascimento financeiro.
Nunca deixou Presidente Venceslau. Exemplo de cidadão trabalhador incansável, otimista e amigo. Posso falar do sr. Zenji Yoshihara e tecer elogios. Cresci aprendendo a admirá-lo.
Hoje ao escrever estas linhas o faço cheio de tristeza porque perdemos um grande cidadão. Mas tenho a certeza de que como disse seu filho Celso ao seu lado no velório “ ele fez o que queria”.
Nosso pleito de homenagem a este grande venceslauense, que dignificou o nosso passado, ajudando a construir esta grande Pres. Venceslau, que nós como ele tanto amamos. Descanse em paz “seu Zenji”. O Senhor merece. Do seu sorriso não esqueceremos jamais.

Clóvis Moré
Jornalista profissional

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

FAIVE - O SUCESSO DE UMA COMUNIDADE

Todos nós venceslauenses podemos nos orgulhar do êxito que vem sendo a XXXII FAIVE. Independente das disputas políticas que ocorrem nos pleitos municipais. A amostra sob a presidência serena e honesta de Emilson Soriano e sua equipe é uma sobeja demonstração da força de uma comunidade.
O prefeito Ângelo Malacrida, demonstrando ser um democrata, sem personalismo, sem vaidade, deu total liberdade e apoio para que o evento alcançasse a maturidade. Quem vai ao recinto nota que existe um trabalho sem qualquer propaganda, sendo feito de maneira simples, objetivo e organizado. O recinto está limpo, cuidado, as árvores estão frondosas, os stands comerciais ocupados por pessoas gentis e bem educadas, as festas e churrascos em ambiente de confraternização e os leilões vendendo dentro da normalidade comercial. A lei da oferta e da procura é quem manda.
É a autentica festa regional recebendo pessoas de todas as cidades vizinhas, do estado e do país. Uma Presidente Venceslau pujante, sorridente, alegre, esperançosa, acreditando num futuro melhor, é o que vemos no recinto Alfredo Ellis Neto. Ás vezes alguma personalidade tem se excedido no consumo etílico e isto tem sido notado e comentado pela população. Há que tomar a devida cautela para não sair dirigindo, pois o bafômetro pode ser utilizado.
Dizem que “se conselho fosse bom seria cobrado”. Mas nunca é demais lembrar. Talvez, possam interpretar de forma errada a nossa lembrança, mas é uma forma de mostrar que a exposição pública exige respeito e sobriedade.
Outro dia o Dr. Bruno Luiz Leonardi, ex-delegado regional agrícola e um dos grandes valores da nossa terra, pelo muito que colaborou e ajudou nas boas causas do município, fez algumas observações, a maioria relacionada ao início da feira pelos idos de 1.977.
Lembra que o atual parque Alfredo Ellis Neto, área próxima ao aeroporto era cheio de cupins, estes que dão no meio da vegetação e ficam montinhos de terra esculpidos pelos danosos bichinhos. Fazem a curiosidade e alegria da criançada.
Um promotor de eventos, feiras e exposições agropecuárias conhecido como Silva, foi quem olhou o terreno e achou ideal a área profetizando “é a melhor da região”. O Dr. Bruno com o apoio irrestrito do prefeito Inocêncio Erbella, procurou o Osvaldo Pacito encarregado das máquinas da Prefeitura, e em quatro dias desterraram os cupins e colocaram o local em condições.
Foi construída a mangueira para abrigar o gado dos leilões. Toda a madeira veio de uma fazenda vizinha, que colaborou de forma graciosa para o evento. Foi feito o arruamento. Posteriormente na gestão do ex-vice prefeito José Luiz Oberlaender a Faive foi toda calçada, com a doação de bois dos fazendeiros da região, vendidos em leilão, dentro da maior transparência e seriedade, inclusive com prestação de contas. Calçamento feito com dosagem certa de cimento que até hoje resiste ao pisoteio de veículos e pessoas.
O Dr. Bruno Leonardi, fala que o sr. Joaquim das Neves emprestou um tanque de 20 mil litros que era abastecido por um poço que havia no aeroporto cuidado pelo Artemio Godoy.
É gostoso relembrar este passado cheio de trabalho e boa vontade daqueles que verdadeiramente amam Presidente Venceslau. Nesta semana, em que nosso povo vive dias de felicidade com a Faive, também pelo aniversário que se aproxima, faz bem recordar estes fatos que rememoram o trabalho muitas vezes anônimo que é desenvolvido por membros da comunidade.
Daí a nossa afirmação: precisamos de pessoas que possam unir o nosso povo e juntos seremos imbatíveis.

Clóvis Moré
jornalista profissional

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

JORNALISTA PROFISSIONAL

Tenho um velho amigo. Ao qual estimo muito. Longos anos de conhecimento.
Pelas conversas agradáveis sobre o dia a dia da cidade. São papos às vezes conflitantes, mas merecedores de análises. Esta pessoa, morador antigo da cidade, muito conhecido, gosta de polêmica.
Nossa amizade remonta às famílias. Coisa de “avó de leite”. Ele sempre muito observador. Fala da cidade. Da limpeza, das árvores que não são cuidadas. Das ruas esburacadas. Apesar da idade, mais de 80 anos, tem um espírito visionário. Também pudera. Viaja muito. Conhece o Brasil.
De tempos a esta parte, quando falamos sobre tudo que acontece à nossa volta, tem às vezes me questionado: Por que quando você escreve, coloca no final seu nome e “jornalista profissional”?
Confesso que nunca me preocupei em lhe dar uma resposta pessoal. Mas, dias atrás, com os meus botões, este questionamento foi lembrado e resolvi responder publicamente. Isto porque, talvez muitas pessoas fazem a mesma pergunta.
A profissão de jornalista profissional é devidamente regulamentada pelo Ministério do Trabalho, desde os idos de 1.969. Até este ano, não havia faculdades que formavam jornalistas. O governo militar, que tanto censurou, houve por bem dar uma oportunidade aos que praticavam a profissão e publicou um documento legal. Deu a chance àqueles que exerciam a profissão de se registrarem. Talvez, para ficar mais fácil a localização na hora de exercer a censura.
Entrei nesta leva e em 1.97l, tinha meu registro no MTPS e o direito de exercer a profissão. Desde 1.962, exercia a função na Rádio AM e nos jornais da cidade e região.
Agora a explicação. Todas as reportagens, opiniões e comentários têm um autor. Que deve se identificar. Os veículos de comunicação exigem a qualificação profissional para contratar tais funcionários. A lei determina.
No meu caso específico, não sou funcionário de ninguém. Escrevo por prazer. O Jornal Integração, no seu expediente anota “Obs.: os artigos assinados não traduzem obrigatoriamente a opinião do Jornal”. O Moacyr Bento, que também é jornalista da velha safra, me deixa escrever. Mesmo que às vezes corra algum risco. Mas a velha amizade prevalece.
Alguns dirão: que explicação mais lacônica. Talvez até o meu velho e querido amigo assim se manifeste. Mas é a pura verdade. Não há no final dos artigos nenhuma outra proposição a não ser de identificar e responsabilizar quem escreveu.
Por um princípio aprendido nas lides jornalísticas acredito que todos devem ser responsáveis pelo que fazem. Se acertarem, serão premiados. Se errarem, serão punidos. A liberdade de expressão é um dos maiores valores que o homem conquistou. É bom viver assim. O meu amigo, mesmo sem ter registro é um jornalista. Faz jornalismo no dia a dia, andando e falando por toda cidade.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

terça-feira, 26 de agosto de 2008

CONSTRANGIMENTO

A vinda do deputado federal José Eduardo Martins Cardoso, PT, a Presidente Venceslau programada para ser um acontecimento político de apoio a um dos candidatos a Prefeito, se transformou em um autêntico constrangimento.
Foi ensaiada uma passeata que não teve a adesão esperada. Poucos carros adesivados e que estão na campanha do candidato saíram às ruas. Carros particulares mesmo, que representam o povo, não foram vistos participando.
O deputado representante do partido na esfera federal foi levado às ruas em cima da carroceria de uma luxuosa camionete. Entre os transeuntes se ignorava quem estava a bordo do veículo. Acenos eram feitos pelos políticos ocupantes do veículo como querendo explicar o que estava acontecendo. Um visitante que veio pela primeira vez em seu novo mandato a Presidente Venceslau. O desinteresse talvez seja, pelo desconhecimento de políticos que estão sempre ausentes na hora que o município deles precisa e que só aparecem nas vésperas de pleitos, como agora.
Entretanto, o constrangimento maior aconteceu no gabinete do prefeito Ângelo Malacrida, segundo testemunhas. O deputado avisou que passaria pela Prefeitura e queria ser recebido pelo prefeito. Malacrida convocou seus auxiliares de primeiro escalão e membros de partidos que dão sustentação ao governo municipal para recepcionar o deputado José Eduardo Cardoso.
Este chegou acompanhado dos candidatos do partido a prefeito e vice-prefeito que ocuparam o gabinete. Antigos petistas se dirigiram ao deputado indagando sobre o regimento e resoluções partidárias a serem seguidos na pré-convenção. Indagaram que o estatuto e normas partidárias não foram seguidas em Presidente Venceslau, numa clara alusão ao afastamento do atual prefeito da disputa convencional.
O prefeito Malacrida sempre contestou a legalidade da constituição do diretório municipal em seguidas manifestações pela imprensa. Não abriu mão de sua candidatura à reeleição, até o último momento.
O deputado constrangido tentou atenuar o questionamento usando a palavra “atípica” para definir a situação do partido em Presidente Venceslau.
Para os que assistiram à cena foi uma autentica “saia justa“. Mais um detalhe revelador. Na abertura da FAIVE o deputado federal Jose Eduardo Cardoso, estava presente e não foi convidado para descerrar a fita ou fazer uso da palavra. Entrevistado pela imprensa falada, perguntado sobre alguma grande obra do seu partido no município, o deputado tergiversou e nada respondeu de concreto. Somados, estes acontecimentos são uma prova evidente do ambiente conturbado que vive o partido líder de uma das coligações que disputa as eleições municipais de 5 de outubro.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

sábado, 23 de agosto de 2008

VOTE COM CONSCIÊNCIA

O Tribunal Superior Eleitoral vem desenvolvendo campanha publicitária sobre as eleições municipais de 5 de outubro. De uma forma inteligente e sugestiva o Tribunal vem divulgando pelo Radio e TV filmes e jingles publicitários que procuram alertar e orientar o eleitor.
Ao contrário de outras peças publicitárias oficiais, que são pesadas e eivadas de ufanismo e aleivosias, geralmente elogiando aos que estão no poder, as do TSE são elucidativas e esclarecedoras. Inéditas em campanhas eleitorais demonstram a preocupação do órgão em cuidar para que os cidadãos brasileiros não sejam enganados na hora do voto.
Como afirmamos em artigos anteriores, há uma preocupação entre os integrantes da Corte no sentido de que “os enganadores, mistificadores, fichas sujas, demagogos “ não consigam iludir a população que tem o poder de voto.
Há também uma mensagem interessante em cada publicação de que não se “pode esperar 4 anos que é muito tempo perdido”. Uma clara alusão ao chamado “voto perdido” que tem castigado municípios nos últimos anos. Realmente, 4 anos é muito tempo para quem precisa de remédios urgentes para retomar o crescimento e desenvolvimento.
Estes fatos demonstram que o próprio Tribunal está mudando a sua forma de agir, procurando influenciar na orientação dada aos eleitores para que votem com consciência e escolham aqueles que realmente estão qualificados para exercer os cargos de vereadores e prefeitos. Cargos que exigem seriedade, honorabilidade, transparência, competência e antes de tudo vontade de trabalhar sem se locupletar e aproveitar das funções de que foram investidos pela vontade popular.
É salutar e reconfortante para os homens de bem saber, que o Tribunal externa esta disposição de forma ampla e abrangente. Leva a todos os votantes do país a mensagem de que há necessidade do voto consciente.
Quando propaga valores publicamente o TSE sugere aos candidatos e principalmente aos eleitores que os quer aplicados nas eleições. Um indício seguro de que o Brasil está mudando e aqueles que fizeram e fazem da política um meio de vida estão com os dias contados.
Clovis Moré
Jornalista Profissional

FAIVE – PASSAD0 E TRADIÇÃO

Começa hoje a FAIVE. Em julho de 1.975, exercia a profissão da qual muito me orgulho. Jornalista Profissional com registro 9.450 no MTPS, desde 8 de outubro de 1.971. Estava na direção da Rádio Presidente Venceslau a antiga ZYH-7. Cheio de vontade de vencer na vida, vindo de origem humilde, de pés descalços e calças curtas fui cobrador, office boy e tudo que se pode imaginar na Rádio. Oportunidade dada por Altino Correia, Esidro Tacca e o sr. Carlos Platzeck.
Fico feliz e agradecido em poder recordar este passado. È gratificante sentir que estas pessoas tão importantes naquela época, olharam para um menino pobre, vindo de camadas humildes, morando na periferia, perto da Zona. Daí a minha indignação quando ouço alguém criticar o passado, ignorando avós, pais, amigos e até irmãos. Falam por falar, procurando denegrir aqueles que construíram o nosso presente. Um grande erro. Não digo engano, porque o fazem de caso pensado.
Mas, o que tem a ver com isto a FAIVE. Em 1.972, adquiri um pequeno sítio de 12 alqueires do Ildefonso Garcia Albarran, no chamado Ninho das Cobras. Talvez por falta de juízo assumindo um compromisso financeiro muito elevado. Mas Deus e os amigos ajudaram e o sítio foi pago.
O saudoso dr.Osvaldo Murad uma das pessoas que mais admirei, já criava gado Nelore na Estância Figueira. Quando lhe falei que tinha umas vacas leiteiras velhas e magras, preparou uma surpresa. Deu-me de presente um tourinho Nelore com quase dois anos. Pediu um nome que eu escolhi como CRISMO, em homenagem a minha primogênita a Cristina Scarcelli Moré, hoje com 35 anos.
O Dr. Osvaldo Murad, irmão do saudoso Ernane Murad, pediu ao seu capataz o Gaúcho que tratasse do animal na cocheira e disse –“ vou levar este animal no seu nome na FEIRA que o Manoel Rainho vai fazer no mês de julho”.
De gado devo dizer que não entendia nada, como até hoje, aliás sem mentira nenhuma. Quem entende é a Luzia. E quem tem medo é a Luciana. A Maria Luiza gosta muito e não quer vender nada.
O CRISMO ficou na exposição e foi aqui em Presidente Venceslau que ganhei o primeiro troféu, por participação, pois não havia julgamento. O Dr. Osvaldo expôs o Rio Preto, touro Reservado Grande Campeão Internacional, título ganho em Campo Grande (MS).
A 1ª. FAIVE foi realizada na antiga Anderson Clayton, pelo Manoel Rainho, cedida pelo Jorge Antonio Sobrinho em 1.975 e foi um sucesso.
Ficou um ano sem ser realizada porque o prefeito Inocêncio Erbella estava preparando o atual recinto, dotando o amplo terreno do mínimo de infra-estrutura para que a segunda edição, pudesse ser realizada.Aquele terreno sempre foi da Prefeitura. Muitos combateram a idéia do local, por ser longe da cidade, mas que se revelou na atualidade como o melhor de toda a região. Mais um acerto do ex-prefeito Inocêncio Erbella, a quem muito deve o município de Presidente Venceslau, pelo seu progresso e desenvolvimento.
Lembro que ajudei a elaborar com o Osvaldo Soares de Almeida o logotipo da FAIVE que felizmente está preservado até hoje. Aquela cabeça de boi estilizada.
Hoje estamos começando uma nova FAIVE. À frente mais uma vez este incansável e admirável Emilson Soriano, com uma equipe extraordinária de venceslauenses que conseguiu agregar e congregar em torno desta festa regional. De sua capacidade não precisamos falar. Provas de sua capacidade são as feiras que realizou.
O sucesso está garantido pela perspectiva otimista que tomou conta de toda região. Lembrei de 1.975 para reafirmar que sem passado não existiria o presente e o futuro seria incerto. As grandes iniciativas são imorredouras e marcam a vida de uma comunidade,
Clovis Moré
Jornalista Profissional

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

PROGRAMAS ELEITORAIS

Começou ontem o horário eleitoral. Oportunidade única para uma análise detalhada das propostas dos políticos. Os vereadores foram os primeiros. Nada de novo. A apresentação pessoal, nome e poucas propostas objetivas e concretas. Está na hora dos marqueteiros reverem as estratégias e apresentarem algo que possa prender a atenção.
A eleição de um vereador é muito importante para qualquer município. São estes os representantes mais próximos do povo. O edil é quem faz o contato direto com a comunidade. Seja na prestação de serviços, ou na apuração do desejo de cada habitante. É uma escolha personalizada e que na verdade expressa um desejo pessoal. É fundamental a formação de uma Câmara de Vereadores competente, responsável e comprometida com a legislação do município. Daí a necessidade da escolha de postulantes que preencham este perfil.
Hoje temos a primeira apresentação dos candidatos à prefeito. Um dia dos mais importantes da campanha eleitoral. Na primeira aparição radiofônica, já será possível ver quem está imbuído de bons propósitos. A população conhece a vida de cada um dos dois postulantes e poderá fazer um juízo de valor. Poderá comprovar se o que estão dizendo representa a verdade ou é apenas mistificação para ganhar votos.
Diz o ditado popular “o peixe morre pela boca”. Daí a importância do que será dito no primeiro programa de rádio. Quem concorre a um cargo de tamanha importância não pode mentir, tergiversar, enganar, esconder a verdade. Tem que ser sério, honesto, responsável, cumpridor dos seus deveres e antes de tudo transmitir uma mensagem de esperança nos dias futuros.
Outro ditado popular “o tempo é o senhor da razão”. Também se aplica a este primeiro dia de programa de rádio. Tudo que for dito pelo candidato neste dia, trará uma retrospectiva de sua vida. Seu passado será lembrado por aqueles que estarão ouvindo. Farão inevitavelmente, uma ligação do seu passado com o que está dizendo. E a comparação se é verdade ou não. Alguns pensam que o passado não conta. Mas conta sim. E muito. Agora é a hora da verdade.
A campanha eleitoral começa realmente a partir de agora. O povo não é bobo. Existem dos dois lados meia dúzia de aficionados que fazem o “jogo de cena” atribuindo favoritismo aos seus candidatos. Tudo “balão de ensaio” que vai ser posto a prova a partir de agora.
Candidatos com a crescente politização da população tem que ter propostas de governo consistentes e que permitam ao povo ter esperança em quem vai votar.
Velhos chavões repetitivos e desgastados, divulgados à exaustão ferem os ouvidos e a sensibilidade do eleitor, que rejeita este tipo de propaganda.
Por isso, os programas eleitorais devem ser feitos com proposituras verdadeiras, inovadoras, criativas, que mostrem à população a capacidade realizadora de cada candidato. A escolha é antes de tudo de um administrador que saiba realizar e não verbalizar. As palavras são o início de um ciclo de governo que as tornem concretas e palpáveis. O povo está cheio de retórica vazia que nada faz e realiza.
Muita atenção aos discursos dos candidatos e às suas propostas.
Clóvis More
Jornalista Profissional

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

EXAME DE CONSCIÊNCIA

Um leitor nos alertou. O que estão fazendo com a Natureza no final da Tiradentes ?
Há dias, um movimento inusitado vem sendo observado no local. A retirada de terra ao redor dos pés das árvores. Um fato inexplicável.
Mas, como sempre quando a imprensa informa, surgem os que criticam ou se defendem.
O fato observado por todos que por ali passam deixava questionamentos. Qual a solução que irão adotar? Será que ninguém está se preocupando. Afinal, perguntas sem respostas.
Agora, temos a resposta. As frondosas e copiosas árvores darão lugar a mais prédios que deverão ser utilizados para fins comerciais. Mais uma vez a Natureza está sendo agredida. Os homens fingem se esquecer que a Natureza é o bem mais precioso que Deus deixou. A cada agressão a ela, o castigo fatalmente virá.
Hoje, já podemos sentir na pele, com o sol escaldante que nos queima, o troco que está sendo dado por toda fúria destrutiva perpetrada por homens sem consciência.
No local, a entrada da cidade, espécies nativas cinqüentenárias ou até mesmo centenárias, mostravam o que era a fauna do Pontal do Paranapanema.
Com o disfarce da retirada da terra ao redor das árvores no início, várias delas foram derrubadas com a moto-serra que substituiu o machado. À cada corte feito é o mesmo que sangrar a Natureza de forma irreversível.
Será que os autores desta “façanha” serão obrigados a plantar ou repor árvores por aqueles que são responsáveis pela aplicação da lei?
É uma pergunta que fazemos esperando resposta. Aonde está a “consciência ecológica”, que tanto tem sido falada e decantada?
Aquelas árvores representavam um cartão de visita para a nossa cidade. Logo no acesso apareciam opulentas quando das floradas, mostrando um panorama verde e esplendoroso. Fatalmente serão substituídas pelo sol quente e inclemente que vai colaborar mais uma vez para o aquecimento global e o extermínio de todos nós. Aonde está a nossa consciência. Será que ela existe?
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

PALAVRA DE CANDIDATO

A paciência de quem assistiu a longa sessão do Superior Tribunal Federal realizada durante a semana e apresentada pela TV fechada foi premiada com uma importante lição. Os magistrados da mais alta corte do país, julgaram a procedência do pedido da Associação dos Magistrados Brasileiros que visava impedir que políticos que respondem a processos se candidatassem.
O resultado foi pela improcedência do pedido, mas ensinou à toda sociedade brasileira, que os ministros pelas explicações na hora do voto, obedeciam a um preceito constitucional. Citaram o fato de que o Congresso Nacional é quem faz as leis. Vale lembrar que a Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados já aprovou texto proibindo candidatos de “ficha suja” de disputar futuras eleições.
A lição é a de que os políticos que têm problemas com a justiça, não importa em que fase do processo, poderão ser “cassados e punidos”. Este é o sinal da Justiça para aqueles que pregam a “transparência e a dignidade” em suas manifestações. Fingem ignorar que os atuais processos que carregam em suas fichas, fazem parte da vida pregressa.
Comemoram com estardalhaço o fato de que “podem ser candidatos”. Uma desfaçatez e cinismo inigualáveis. Como se a “obrigação de ser honesto, honrado e probo” fosse uma virtude. Vale a comparação sobre aquele que deve e paga a sua conta e depois se vangloria deste fato. Atitude própria dos maus pagadores que pensam ficar impunes para o resto da vida. Pagar funcionários em dia é obrigação de quem os emprega e não virtude.
O Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Carlos Ayres Brito, recomendou durante a semana “que os brasileiros votem em candidatos
com passado limpo”. Sugeriu “que os eleitores busquem o máximo de informações sobre a vida do candidato antes de decidir em quem votar”. Será que isto é” determinar” que portadores de ficha suja sejam candidatos.
A propaganda feita pelo TSE no rádio e televisão, muito sugestiva por sinal, prega o cuidado para o eleitor não “ perder uma oportunidade pode fazer você perder muito tempo.” – Complementa –“a sua cidade vai perder quatro anos. E quatro anos é muito tempo”.
Não somos nós que estamos afirmando por convicções eleitorais. È a própria justiça eleitoral se manifestando em sua propaganda oficial.
Presidente Venceslau perdeu muito nos últimos anos pela ineficiência política de líderes ambiciosos que obedecem a desejo pessoal sem pensar na comunidade. O povo já sentiu na pele a “ contribuição” que deram e continuam dando ao município.
Para finalizar é salutar acreditar que a Justiça Eleitoral está vigilante na fiscalização do pleito e certamente vai impedir que recursos ilícitos sejam empregados na campanha, como denunciou recentemente o prefeito Malacrida logo após convenção do seu partido.
Clóvis Moré
Jornalista Profissional

TERMINOLOGIA POLÍTICA

Fui buscar no dicionário o sentido deste substantivo feminino – terminologia. Encontrei: “Tratado dos têrmos técnicos de uma arte ou ciência; conjunto dêsses termos; nomenclatura”
Explico a minha curiosidade: estamos em plena campanha eleitoral - daí o outro termo “política “. A mídia impressa e eletrônica tem dado destaque ultimamente a uma terminologia que destaca certos aspectos daqueles que estão envolvidos na política. Muitos termos têm sido empregados para definir certas situações. Vamos a alguns deles.
FICHA SUJA – surgiu como definidor de políticos que exerceram cargos em qualquer esfera e que cometeram atos desabanadores e que de um modo ou de outro prejudicaram a população. Ao analisar as contas destas gestões os tribunais de conta as rejeitaram. Na maioria das vezes as câmaras municipais também rejeitaram estas contas. Foram todas para a Justiça, algumas julgadas com pesadas condenações e outras em processo de julgamento. Daí a denominação “ficha suja”.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – também dizendo respeito a políticos que agiram quando em cargos públicos sem o necessário cuidado com o cumprimento das leis. Aqueles que pensaram que governar é fazer cumprir as suas próprias leis e interesses, sem respeitar os procedimentos legais.
FUNCIONÁRIOS FANTASMAS – são aqueles que mesmo à distância do local de trabalho recebem polpudos vencimentos do erário público, sem nenhuma fiscalização quanto a horários, prestação de serviços e procedimentos legais para o exercício da função. Uma forma sutil de “receber sem trabalhar” e ainda exercer influência em decisões que podem ajudar ou prejudicar uma cidade ou município.
MARAJÁS – um velho termo, muito usado para eleger um Presidente que foi tirado pelo povo do poder. O que é o “marajá”. Aquele que nunca faz nada, que tem poder e ascendencia em partidos políticos. Que leva a vida tranqüila porque sabe que seus vencimentos estão garantidos.
OPORTUNISTAS DE PLANTÃO – este têrrmo foi usado na política local. É velho. Não é novidade nenhuma. Mas, como fizeram a citação vamos tentar explica-los. Aqueles que estão sempre à espreita para se eleger a algum cargo, evidentemente para ter a remuneração. Ficam à espera de um “oportunidade” para alcançar este objetivo. Mesmo que contrarie a toda sua história política anterior. Não importa o meio. Interessa o objetivo.
VIDA PREGRESSA – o dr. Michel Feres Juiz Eleitoral foi muito feliz na sexta feira ao dizer “ o eleitor deve observar as plataformas que possam ser efetivadas e olhar a vida pregressa dos candidatos. Tem que saber em quem estará votando porque é como levar alguém para trabalhar em nossa casa, porque aquele que vai ser eleito vai cuidar dos destinos da municipalidade’.
Esperamos com este pequeno resumo, pois existem muitos outros que não citamos, ter dado uma contribuição para que os eleitores comecem a observar esta esta terminologia pode ser aplicada para alguns candidatos que pedem seus votos.